Sendo a IC uma doença crónica, é provável que o seu plano de tratamento inclua uma lista de medicação que terá de tomar para o resto da vida. Estes medicamentos têm como objetivo controlar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida a quem sofre de IC.
Na maioria dos casos, os sintomas secundários iniciais são passageiros, diminuindo com o tempo, mas é importante que fale com o seu médico acerca deles, para que o possa ajudar a adaptar-se à medicação. Não existe uma lista definitiva de medicamentos a tomar para a IC, sendo esta variável de pessoa para pessoa e até na mesma pessoa, ao longo do tempo, por isso, é sempre fundamental consultar um especialista antes de iniciar qualquer plano de medicação.
Uma vez que cumprir as doses e horários recomendados é essencial para garantir o sucesso da terapêutica, deve munir-se de ferramentas que o ajudem a seguir o seu plano, seja colocando alarmes no telemóvel, elaborando uma tabela com toda a informação ou partilhando essa mesma informação com aqueles que lhe são mais próximos.
Além dos medicamentos, é possível também que seja necessária a colocação de um dispositivo implantável, que forneça suporte adicional ao seu coração.
Estes dispositivos, cada vez mais pequenos e eficazes, utilizam sinais elétricos indolores que permitem regular o batimento cardíaco, reduzindo os sintomas e melhorando a sobrevivência a longo prazo. Embora possam parecer assustadores, a sua colocação é bastante simples, sendo inseridos muitas vezes apenas com anestesia local, sob a clavícula – o que significa que não são visíveis na parte externa do corpo. Entre estes aparelhos, estão por exemplo os pacemakers, o Tratamento por Ressincronização Cardíaca – TRC, ou o TRC-D.
Finalmente, é possível também que haja a recomendação de cirurgia cardíaca. Por ser uma opção com alguns riscos, esta só é realizada quando os benefícios previstos o justificam. Bypass coronário, cirurgia de substituição valvular e o transplante cardíaco são algumas das operações mais comuns nos casos de IC.
Ser diagnosticado com insuficiência cardíaca pode mudar uma vida. Não por ser uma sentença mas porque é este o primeiro passo para controlar uma doença que, quando não é tratada, pode reduzir acentuadamente a qualidade de vida e, no limite, provocar a morte. Assim, é fundamental prevenir, sempre que possível, e estar atento aos sintomas, antes que seja demasiado tarde.