Muito antes da ciência permitir desvendar o interior dos nossos corpos, já era claro que algo em nós se movia, constantemente. O bombear do coração é sinal de vida. É esta a principal função deste músculo: bombear sangue para o organismo, permitindo transportar oxigénio e nutrientes para todas as partes do corpo. Para além disso, o sangue transporta também diferentes resíduos até órgãos como os pulmões e os rins, para serem eliminados.
Longe de ser parecido com o ícone que bem conhecemos, trata-se de um músculo dividido em duas bombas, esquerda e direita, sendo que cada uma delas se divide em duas câmaras com paredes compostas por um músculo cardíaco especial. As câmaras pequenas, na parte superior do coração, dão pelo nome de aurículas, enquanto as câmaras maiores, na parte inferior, são designadas por ventrículos.
Embora operem em conjunto, cada um dos lados do coração tem funções distintas. O lado direito é a porta de entrada para o sangue que regressa dos órgãos e tecidos do organismo. Esse sangue é então bombeado para os pulmões, onde são removidos os resíduos de dióxido de carbono e o sangue é recarregado com oxigénio. Segue-se o caminho inverso, agora pelo lado esquerdo do coração: o sangue rico em oxigénio sai dos pulmões e regressa ao coração, sendo bombeado para todas as partes do organismo, incluindo o próprio músculo cardíaco.
É assim que o organismo assegura que tem sempre nutrientes e oxigénio suficientes para funcionar de forma eficiente. Este processo ocorre constantemente, quer estejamos a dormir ou acordados, e é aquilo que, fundamentalmente, nos mantém vivos. Num adulto saudável, em repouso, podemos esperar entre 60 a 100 batimentos cardíacos por minuto. Ou seja, ao longo de 70 anos um coração baterá mais de 2 mil milhões de vezes. Um número admirável que ilustra bem a importância desta máquina incrível que carregamos dentro de nós.
Quer tenha sido diagnosticado com Insuficiência Cardíaca (IC) ou esteja a acompanhar um ente querido a passar por essa situação, é normal que se depare com muitas dúvidas e receios. Deixamos abaixo algumas das questões mais frequentes e respostas que o poderão ajudar a compreender melhor em que consiste esta doença e de que forma tem impacto na vida de quem sofre dela.